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Agência de Cooperação Alemã apoia Universidade Federal de Itajubá na implantação de Cluster de Hidrogênio Verde

A Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Agência de Cooperação Técnica da Alemanha GIZ (sigla em alemão para Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit) e a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) firmaram parceria que garante a implementação do primeiro Cluster de Hidrogênio Verde (CH 2 V) do Brasil. A iniciativa vai investir no desenvolvimento de projetos de pesquisa e inovação tecnológica através da instalação de uma unidade de produção e armazenamento de hidrogênio verde (H 2 V) no campus da universidade.

Com recursos de quase R$ 25 milhões até 2023, a GIZ leva à UNIFEI a infraestrutura necessária para a realização de pesquisas experimentais em economia verde. A ideia é que o CH 2 V funcione como um laboratório para estudos sobre o desenvolvimento de tecnologias com hidrogênio verde, sua produção e aplicação em diversos setores. A partir da construção da unidade de produção e armazenamento de H 2 V, o projeto pretende agregar várias frentes de pesquisas que incluem a análise do uso de hidrogênio verde em processos industriais, na geração de energia elétrica e na busca por alternativas sustentáveis para a mobilidade urbana. Também está prevista a criação de cursos de graduação, pós-graduação e especialização que promovam geração de conhecimento, troca de experiências, treinamento e qualificação profissional na área.

Com a consolidação deste polo tecnológico, a parceria pretende ampliar as descobertas para além da universidade, permitindo o intercâmbio de conhecimentos com outras instituições de ensino e integrando atores dos setores público e privado. Os trabalhos incluem, ainda, experimentos sobre a aplicação do hidrogênio verde junto a empresas siderúrgicas instaladas em Minas Gerais. Também está prevista a elaboração de um sistema de abastecimento de veículos movidos à H 2 V para testes em ônibus que operam na cidade de Itajubá. Tudo isso por meio de uma planta de eletrólise com potência instalada de cerca de 1 MW, o que produz 200 Nm 3 /hora de hidrogênio.

“O hidrogênio produzido a partir de fontes renováveis de energia depende de técnicas, processos e equipamentos que ainda são pouco conhecidos. Por isso, são essenciais estudos que promovam a consolidação das tecnologias, bem como sua disseminação e demonstração. Desta forma, vamos possibilitar a expansão efetiva do hidrogênio verde na economia energética”, ressalta o Dr. Markus Francke, diretor do projeto H2Brasil da GIZ.

O acordo firmado hoje faz parte do projeto H2Brasil, implementado pela GIZ, uma cooperação entre os governos do Brasil e da Alemanha para apoiar a expansão do mercado de hidrogênio verde no país. Diante dos esforços globais em garantir a sustentabilidade nos processos de geração de energia, o hidrogênio verde se apresenta como outra importante ferramenta para reduzir os gases do efeito estufa emitidos pelo setor.

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