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Hidrogênio Verde pode superar Petróleo como Commodity em 2030

O Brasil tem um potencial de produção de hidrogênio verde que pode qualificar o país para esse novo mercado, inclusive como um dos protagonistas mundiais. Essa é a opinião do professor Nivalde de Castro, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um dos especialistas ouvidos no debate realizado pela Câmara dos Deputados. De acordo com a agência de notícias da Câmara, a discussão mostrou potenciais e desafios para o hidrogênio verde avançar no Brasil.

O debate aconteceu em uma sessão de consulta pública da comissão que analisa o assunto na Câmara. Um dos desafios envolve os incentivos financeiros ao setor e investimento em políticas públicas de pesquisa e desenvolvimento.

Hidrogênio como Commodity

Na avaliação de Nivalde, o hidrogênio deve superar o petróleo como principal commodity energética do mundo a partir da década de 2030. A informação está baseada em estudos de centros mundiais especializados em energia e indica que as metas de descarbonização buscadas em nível mundial só poderão ser atendidas com o hidrogênio de baixo carbono.

O pesquisador destaca, no entanto, que a transição para o hidrogênio verde poderá envolver etapas intermediárias, com adoção de fontes como gás, biometano e etanol, todas elas já presentes na matriz energética nacional. Segundo o especialista, a amônia verde deve prevalecer entre os possíveis derivados do hidrogênio no Brasil. 

Um ponto importante do encontro foi o fato de o país ainda ter um mercado incipiente de hidrogênio verde, e custos elevados para a sua produção. A adoção de incentivos financeiros e políticas públicas pode mudar esse quadro, e a substituição de fontes poluentes de energia por renováveis deve envolver ainda outras iniciativas, como os biocombustíveis e os carros elétricos, assunto apontado pelo coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Unicamp, Ennio Peres da Silva. 

A consulta pública com os pesquisadores deve alimentar o relatório da comissão sobre hidrogênio, que tem como relator o deputado João Carlos Bacelar Batista. Ele pretende concluir os trabalhos até novembro, com uma proposta de marco regulatório que dê segurança jurídica ao novo mercado brasileiro de hidrogênio.

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