“O Ceará vive um momento histórico com a movimentação que dará início à produção do hidrogênio verde no Estado”, destaca Ricardo Cavalcante, presidente da FIEC.
FIEC integra Grupo de Estudos que visa desenvolver a implementação da tecnologia no Estado
O Ceará segue caminhando para se tornar um importante HUB de produção e exportação de hidrogênio verde, tecnologia inovadora de produção de energia obtida a partir do hidrogênio, oriundo de fontes renováveis e sem emissão de carbono.
Com apoio do Governo do Estado, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) faz parte, junto com a Universidade Federal do Ceará (UFC), de um grupo de trabalho que irá conduzir a implementação do HUB no Estado, sendo destaque como uma das lideranças no desenvolvimento da tecnologia na região. O grupo servirá para aprofundar estudos e elaborar estratégias de atração de investidores e investimentos para o HUB.
“O Ceará vive um momento histórico com a movimentação que dará início à produção do hidrogênio verde no Estado”, destaca Ricardo Cavalcante, presidente da FIEC.
“É uma tecnologia capaz de mudar a indústria, a economia e o perfil socioeconômico cearense. Toda a base industrial de alguns países já está sendo mudada, não só para a produção de energia, mas também para transportes rodoviário, ferroviário, marítimo e também aéreo, já utilizando o hidrogênio verde para isso. O Ceará, com toda essa capacidade de geração, poderá sim se tornar um grande produtor mundial”, afirma.
Legenda: Ricardo Cavalcante, presidente da FIEC
Foto: Divulgação
De acordo com Ricardo Cavalcante, até o momento foram assinados 22 Memorandos de Entendimento com o Estado do Ceará com o propósito de desenvolver projetos de Hidrogênio Verde no Complexo do Pecém. Os empreendimentos já anunciados se elevam a mais de 22 bilhões de dólares.
“A FIEC está empenhada em apoiar todas as iniciativas relacionadas ao hidrogênio verde no Ceará, já desenvolvendo ações de capacitação no SENAI, disponibilizando informações estratégicas no Observatório da Indústria e direcionando seu Núcleo de Energia para apoiar os empresários do setor”, ressalta Jurandir Picanço, consultor de energia da instituição.
Ainda segundo Jurandir, o Ceará ganha muito se mantendo na vanguarda da implementação deste projeto e que o Porto do Pecém, grande patrimônio econômico cearense, deverá se transformar num grande polo de produção de hidrogênio verde.
“O projeto vai causar um importante impacto na economia do Ceará, resultando no seu crescimento econômico e social, principalmente pela geração de emprego e renda dessa nova cadeia produtiva”, completa.
O Ceará conta com algumas vantagens competitivas que favorecem a produção do hidrogênio verde. Dentre elas, o potencial de energia eólica e solar, em que o Estado já é referência, além da localização geográfica estratégica: o Ceará é o ponto mais próximo da Europa e tem uma ampla conectividade com o continente por meio da parceria do Porto do Pecém com o Porto de Roterdã.
O hidrogênio verde é obtido a partir de fontes renováveis, como a energia solar e a energia solar, sem a emissão de carbono. É produzida através de eletrólise, sendo prática sustentável e já adotada em vários países. O método utiliza a corrente elétrica para separar o hidrogênio do oxigênio que existe na água. Por esta razão, se essa eletricidade for obtida de fontes renováveis, então a energia será produzida sem a emissão de dióxido de carbono na atmosfera.
A Sauer está atenta as regulamentações do setor e conta com uma linha de compressores especificamente desenvolvida para a compressão do hidrogênio em alta pressão.