A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo realizou, nesta segunda-feira (29), o evento “Hidrogênio Verde – Energia Sustentável, oportunidade para São Paulo e para o Brasil”. O debate integra o Ciclo de Palestras do Instituto Legislativo Paulista (ILP) em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) sobre Ciência e Inovação.
O objetivo do encontro foi divulgar para formuladores de políticas públicas, legisladores, agentes públicos, professores, estudantes e a sociedade em geral os desenvolvimentos científicos realizados com recursos públicos paulistas.
A palestra foi apresentada pelo diretor-executivo do ILP, Edson Martins, e mediada pelo diretor-presidente da Fapesp, Carlos Américo Pacheco. O debate contou com a presença de Ana Flávia Nogueira, professora do Instituto de Química da Unicamp e diretora do Centro de Inovação em Novas Energias/Cine; Daniel Gabriel Lopes, doutor em planejamento e sistemas energéticos e mestre em Engenharia Mecânica pela Unicamp, e Lúcia Helena Mascaro Sales, professora titular do departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).
A produção de fontes de energias renováveis, especialmente do hidrogênio verde, é um compromisso global importante, que busca reduzir a emissão dos gases do efeito estufa e diminuir os impactos da mudança do clima.
De acordo com a professora da Unicamp, Ana Flávia Nogueira, o hidrogênio com certificado verde é aquele produzido a partir de pelo menos uma fonte renovável. Entre elas, destacam-se a energia fotovoltaica (conversão da energia solar em elétrica), eólica e a biomassa.
Além disso, o hidrogênio verde é uma fonte de energia “limpa”, ou seja, menos poluente e ecologicamente sustentável. A partir disso, ele é considerado uma opção global aos combustíveis fósseis que causam grandes impactos ambientais. A consequência disso é que o Brasil possui uma matriz energética renovável bem relevante.
Para Daniel Lopes, mestre em Engenharia Química, “o hidrogênio verde surge como um vetor energético que não acarreta impactos ambientais.”
Hoje, cerca de 80% do custo do hidrogênio verde vem da eletricidade, então é importante tê-la sob um custo barato. O Brasil, principalmente o Estado de São Paulo, tem uma grande capacidade de produzir o hidrogênio verde, a partir da energia fotovoltaica.
Segundo Ana Nogueira, professora da Unicamp, atualmente, mais de 90% do hidrogênio mundialmente produzido é considerado cinza, ou seja, ele é proveniente de fontes de combustíveis fósseis. “Isso é um grande problema, pois estamos em uma transição energética, na qual se busca uma emissão zero de carbono no futuro, a partir da redução de gases”, declarou.
A Sauer está atenta as regulamentações do setor e conta com uma linha de compressores especificamente desenvolvida para a compressão do hidrogênio em alta pressão.