No Brasil, o uso comercial do hidrogênio como combustível no transporte está cada vez mais perto de se tornar uma realidade.
Empresas do Rio de Janeiro firmaram parceria para produzir ônibus movidos a hidrogênio no próximo ano.
Caberia ao Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Coppe-UFRJ, desenvolver os protótipos.
O ônibus híbrido elétrico-hidrogênio desenvolvido no LabH2 da Coppe foi lançado inicialmente em 2010. O veículo teve sua segunda geração lançada durante a Rio + 20, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2012, no Rio de Janeiro.
A 3ª geração de ônibus Coppe, desenvolvida em parceria com Furnas e Tracel, foi lançada em 2016 e transportou atletas na Vila Olímpica durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Com a nova configuração, o ônibus passa a ter autonomia de 330 km e atende às exigências para veículos urbanos do Rio de Janeiro. Atualmente, está em desenvolvimento a 4ª geração de ônibus com capacidade para transportar 100 pessoas.
O professor Paulo Emílio de Miranda da Coppe / UFRJ, que é coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Coppe (LabH2) e presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2), explica: “O hidrogênio também será importante para impactarmos positivamente os sistemas de transporte, para aumentar a cadeia de valor de resíduos e gestão de biomassa, bem como descarbonizar os chamados setores de difícil redução de CO2, como cimento, aço, cerâmica e mineração. ”
Enquanto isso, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o CTG Brasil inauguraram um habitat de inovação em energia limpa no Rio Grande do Norte, Brasil. A CTG Brasil é a primeira empresa a inaugurar seu Habitat de Inovação no Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), em Natal (RN). A iniciativa faz parte de uma grande parceria com o Senai para impulsionar projetos de pesquisa e inovação com foco no setor elétrico brasileiro. O Clean Energy Innovation Habitat da CTG Brasil encontrará parcerias e atrairá soluções com foco em fontes de energia renovável para novos negócios, comercialização de energia e cadeia de valor do hidrogênio verde.
Além disso, o Senai e o CTG Brasil também lançaram a Chamada Pública – Missão Estratégica do Hidrogênio Verde, para prospectar e avaliar arranjos técnicos, comerciais e tecnológicos que envolvam e fomentem a cadeia de valor do hidrogênio verde. O objetivo é impulsionar soluções de energia limpa, com foco na produção, armazenamento, distribuição e novas fontes, além de outras áreas que fazem parte da cadeia do hidrogênio verde, como mobilidade, indústrias e agricultura. O investimento inicial neste projeto é de até R $ 18 milhões. O prazo máximo de execução dos projetos é de 36 meses, contados a partir da data de assinatura do Termo de Desenvolvimento do Trabalho Técnico-Científico.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil e seus homólogos do Catar discutiram a possibilidade de produzir hidrogênio verde no Nordeste do Brasil. O encontro também contou com a presença do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Uma delegação do Ceará, Brasil, composta por membros do Governo do Ceará (Sedet, Complexo do Pecém, Semace), Federação das Indústrias (Fiec) e Universidade Federal (UFC) visitou projetos relacionados à cadeia do Hidrogênio Verde na Espanha. A visita foi organizada pela Neoenergia, empresa da Iberdrola, que assinou recentemente um MoU com o Governo do Ceará para implementar um projeto piloto de transporte público movido a hidrogênio verde.
No dia 16 de novembro, foi inaugurado 1.911 hectares, Setor 2 da Zona de Processamento de Exportações (ZPE) do Complexo do Pecém. O Governo do Ceará investiu R $ 13 milhões na preparação da área com infraestrutura necessária para plantas industriais de produção de hidrogênio verde, entre outros projetos.
Para o governador Camilo Santana, “estamos reunindo cada vez mais todas as condições para transformar o Ceará em um pólo tecnológico, portuário, aéreo e, se Deus quiser, de hidrogênio verde. Podemos mudar o perfil econômico do estado nos próximos dez anos.”
A Sauer está atenta as regulamentações do setor e conta com uma linha especificamente desenvolvida para a compressão do hidrogênio em alta pressão.