O Egito já está há oito anos construindo um novo megaprojeto para a sua capital administrativa nos arredores de Cairo, em um projeto ambicioso, sustentável e caro. Para se ter uma ideia, o custo estimado do projeto na África, que será abastecido com hidrogênio verde, é de US$ 58 bilhões, o equivalente à cerca de R$ 327 bilhões, e não há previsão de quando as obras serão finalizadas.
A pérola do megaprojeto na África é um arranha-céu tecnológico que visa ser o primeiro edifício do tipo a receber o certificado de “carbono zero” no mundo. O Forbes International Tower, que terá 42 andares e quase 240 metros de altura, foi pensado para produzir energia limpa, como hidrogênio verde, e reduzir emissões de carbono em sua atividade.
Seu abastecimento energético é planejado para acontecer na seguinte proporção: 25% por energia fotovoltaica e 75% com hidrogênio verde, também conhecido como o combustível do futuro, cuja extração não emite gás carbônico.
O megaprojeto na África terá espaços biofílicos, ou seja, que incorporam a natureza, e painéis solares. Para controlar a temperatura interna, a torre utilizará técnicas de ventilação natural. Tanques coletaram águas das chuvas para usos que não demandam água potável, e acessórios sanitários eficientes reduzirão a demanda por água.
No lugar de alternativas tradicionais, máquinas específicas, chamadas de “chillers”, que usam o resfriamento por ar, serão usadas como forma de resfriamento de água. Além do abastecimento energético renovável gerado pelos painéis solares e o combustível do futuro, sua estrutura será construída com materiais de baixo carbono incorporado, que tem a pegada de carbono minimizada considerando sua fabricação, uso e descarte.
O escritório de arquitetura Adrian Smith + Gordon Gill é o responsável pelo design do edifício Forbes International Tower, que será abastecido com hidrogênio verde.
O estúdio tem em seu portfólio outros empreendimentos que seguem a mesma filosofia de luxo e sustentabilidade, como o Central Park Tower, em Nova York, e a Jeddah Tower, em construção na Arábia Saudita.
O plano de mudar a capital foi anunciado pela primeira vez em 2015 e as obras do megaprojeto na África iniciaram dois anos depois. Apelidada de Nova Capital Administrativa, a cidade ainda não possui um nome oficial, mas contará com uma área de aproximadamente 700 quilômetros quadrados e ficará a apenas 45 quilômetros do Cairo.
As primeiras imagens de satélites divulgadas pela NASA mostraram os trabalhos ainda tímidos em 2017. Agora, no entanto, é possível ver muito mais. A nova capital do Egito contará com um enorme espaço para pedestres e ciclistas, com lagos e parte da flora nativa do Egito. No total serão 10 quilômetros de comprimento, maior do que a Central Park de Nova York, nos EUA.
A cidade também abrigará vários prédios governamentais, sendo o mais notável o novo centro do Ministério da Defesa apelidado de “octógono”.
A substituição da cidade do Cairo como capital do Egito ocorreu após pressão da própria população. Em 1950, eram pouco menos de 2,5 milhões de habitantes. Agora, a cidade conta com cerca de 22,6 milhões.
Essa explosão populacional gerou grandes problemas e as próprias autoridades admitem que a infraestrutura da cidade não suporta tanta gente. O resultado são engarrafamentos gigantescos no país da África. A nova capital poderá abrigar pouco mais de 6 milhões de pessoas e deve aliviar parte da pressão sobre a histórica cidade do Cairo.
A Sauer está atenta as regulamentações do setor e conta com uma linha de compressores especificamente desenvolvida para a compressão do hidrogênio em alta pressão.