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Primeira usina de hidrogênio verde no Brasil entra em operação até fim de 2022

no litoral do Nordeste do Brasil, o laboratório vivo que marca o início da produção de hidrogênio verde no país em uma usina está dando seus primeiros passos. Os painéis solares que vão gerar energia renovável para o módulo eletrolisador estão sendo posicionados no Porto do Pecém, no Ceará, que abrigará a usina.

“Este é um projeto piloto que vai gerar hidrogênio verde em pequena escala. Mas há projetos futuros voltados para a exportação do combustível”, comenta Cayo Moraes, gerente executivo da EDP, em entrevista ao Portal.

Até dezembro de 2022, a usina deverá produzir sua primeira molécula de H2 com capacidade de gerar 250 Nm3/h do gás. A eletrólise será realizada em equipamentos em desenvolvimento da Hytron, empresa de base tecnológica que nasceu dentro da Universidade Estadual de Campinas, Unicamp.

O H2 será gerado na central termoelétrica de Pecém, operada pela EDP, em co-queima com carvão mineral. A iniciativa da EDP no Brasil – atua no país há mais de duas décadas – representa um importante passo na transição energética, que busca substituir os combustíveis fósseis por fontes limpas.

O projeto conta com a participação do Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação, IATI, em Recife (PE), responsável pela validação técnica da planta. Conta também com o Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica, Gesel, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que estuda a viabilidade econômica, setorial e mercadológica da usina.

“O que for validado pode ser replicado em outro processo, como em uma fábrica de cimento, em uma siderúrgica, entre outros. Também estudaremos todos os elos da cadeia produtiva do gás, modelos de negócios, parcerias estratégicas, armazenamento de combustível e elaboraremos um roadmap”, detalha Moraes.

Ao final do projeto, que vai até 2024, a EDP espera ter elementos para preencher as lacunas em relação ao mercado de hidrogênio verde no país. “As parcerias que fizemos com IATI e Gesel também são importantes para isso. Até 2024, saberemos mais sobre as condições-limite, que envolvem leilões, financiamentos, regulação, políticas públicas. Teremos detalhes do cenário que podem servir de base para a tomada de decisões sobre como dimensionar a planta”, comenta Moraes sobre o projeto estimado em R$ 41,9 milhões.

Localização da chave

A instalação da usina no porto do Pecém segue um objetivo estratégico. Em fevereiro de 2021, o site lançou um hub de hidrogênio verde para se tornar um grande produtor e exportador de combustível limpo. O principal mercado alvo é a Europa, pois o porto de Rotterdam detém 30% das operações de Pecém.

O complexo cearense, localizado a 60 quilômetros da capital Fortaleza, estima uma capacidade futura de produção de aproximadamente um milhão de toneladas de H2 por ano. Parte do gás deverá ser direcionada para o polo industrial que ocupa a área portuária, que também está planejando sua transição energética.

“Escolhemos Pecém não só pela localização. O Ceará possui uma grande oferta de energia renovável – solar e eólica –, o que garante que a geração de hidrogênio seja verde. Além disso, tem uma boa infraestrutura para transferir a produção”, acrescenta o gerente executivo da EDP.

Tendência mundial

Em fevereiro de 2021, o grupo global EDP anunciou a criação de uma unidade de negócio exclusivamente focada no hidrogénio verde, a Unidade de Negócio H2. A ideia é trabalhar em conjunto com setores como siderurgia, química, refinaria e cimento no desenvolvimento de projetos voltados especialmente para os Estados Unidos e Europa.

Paralelamente ao projeto no Brasil, a EDP está a testar a tecnologia na unidade do Ribatejo Central, em Portugal. O projeto, que a partir deste ano terá um eletrolisador com capacidade instalada de 1 MW e 12 MWh de capacidade de armazenamento, é apoiado pela União Europeia e foi orçado em 12,6 milhões de euros.

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