O governo do Rio Grande do Sul e a Enerfín do Brasil, do grupo espanhol Elecnor/Enerfín, assinaram nessa quinta (24/3) um memorando de entendimento para a implantação de um projeto de hidrogênio verde no estado. É o segundo acordo do tipo — em dezembro passado, o governo gaúcho fechou parceria com a White Martins.
— Os dois acordos focam no porto do Rio Grande, maior distrito industrial do estado. O grupo Elecnor/Enerfín opera o Complexo Eólico de Osório, no estado.
— O acordo com a Enerfín prevê a busca por outras oportunidades na área de energia ou de eletrificação de indústrias vinculadas à produção de hidrogênio verde. E cooperação com o governo para identificar eventuais entraves regulatórios e fiscais.
— “Queremos implantar aqui esse projeto por todas as possibilidades de consumo interno e de exportação, e queremos reafirmar a confiança que o grupo tem no estado”, disse o diretor de novos negócios da Enerfín para a América Latina, Marco Antônio Morales.
— O Rio Grande do Sul tem compromisso de neutralizar suas emissões de carbono em 50% até 2030. Em novembro de 2021, o governador Eduardo Leite (PSDB) esteve na COP26, em Glasgow, na Escócia. Além disso, em outubro, visitou a sede da Enerfín, em Madri, na Espanha.
— “O porto disponível, o potencial eólico, as nossas indústrias e também os usos diversos que o hidrogênio e a amônia podem ter em outras atividades, como a indústria de fertilizantes, dão ao nosso estado uma oportunidade diferenciada em termos de produção de hidrogênio verde perante outros estados”, explicou Leite.
Avaliação de potencial em Sergipe é da Murphy, esclarece Enauta A estimativa de até 1 bilhão de barris de óleo equivalente no bloco SEAL-M-428 (prospecto Cutthroat), em águas profundas de Sergipe, “foi elaborada pela Murphy Oil de maneira unilateral anteriormente ao início da perfuração”, informou a Enauta.
— A Enauta é sócia no projeto (30%), junto com a Murphy Oil (20%). A campanha é operada pela ExxonMobil (50%), que não se pronuncia sobre o caso.
— A Enauta destaca que, “segundo a sua área técnica, a avaliação do prospecto somente será efetivamente conhecida após a perfuração e a perfilagem final do poço.”
Estados driblam desoneração com novo ICMS do diesel. A nova tributação do ICMS do diesel passa a valer a partir de 1º de julho. Com isso, os governadores querem evitar o impacto na arrecadação provocado por um dispositivo de transição na lei que alterou a incidência do tributo e os obrigaria a usar uma média de 60 meses para definir o preço médio do diesel sobre qual incidem os percentuais, que deixarão de existir.
— Se a desoneração com a fórmula dos 60 meses entrasse em vigor, a perda para os estados seria de R$ 14 bilhões, calcula o Comsefaz — Comitê Nacional de Secretários da Fazenda, Finanças, Receitas ou Tributação dos Estados e Distrito Federal.
BC estima repasse de 66% do petróleo para a gasolina em 2022. O Banco Central (BC) calculou que o grau de repasse do preço do petróleo para o da gasolina na bomba pode chegar a 66% neste ano. A estimativa consta no Relatório de Inflação divulgado nessa quinta (24/3).
— Segundo o estudo, a elevação do preço nos últimos anos foi tão expressiva que tende a ultrapassar os demais impactos no preço da gasolina, como a mistura com o etanol. Em 2022, a expectativa é de que um preço de etanol constante levaria a um repasse de 47,2% dos preços do petróleo para a bomba. Já quando é considerado uma razão do preço de etanol pelo da gasolina, o repasse chegaria a 66,1%. O Globo
Os preços do petróleo recuaram nessa quinta (24/3), ante o fracasso de uma série de cúpulas internacionais que até agora não concretizaram sanções europeias contra o petróleo e o gás russos, enquanto são avaliadas medidas para aumentar o abastecimento de combustíveis de outros países.
— O Brent para maio recuou 2,11%, a US$ 119,03 o barril, e o WTI para o mesmo mês perdeu 2,26%, a US$ 112,34 o barril. AFP
— Autoridades da Opep acreditam que uma possível proibição da União Europeia ao petróleo da Rússia por causa da invasão à Ucrânia prejudicaria os consumidores. Essas preocupações foram transmitidas à UE, segundo fontes disseram à Reuters.
Depois da covid-19, o choque do petróleo — por que repetimos os erros na gestão de crises? “O aumento de preços do petróleo é o agente causador da enfermidade, mas a inflação é o que representa a doença”, escreve Marcelo Rocha do Amaral, auditor Federal de Controle Externo no TCU
Em segredo, China compra petróleo russo mais barato. As refinarias da China estão comprando discretamente petróleo russo barato, já que a oferta do país continua fluindo para o mercado, informa a Bloomberg. Ao contrário das refinarias estatais da Índia, que fizeram uma série de licitações para comprar o Ural bruto, tipo de petróleo que é carro-chefe da Rússia, comercializadores dizem que as refinarias estatais da China negociam de forma privada com os vendedores.
TotalEnergies vai manter negócios de gás na Rússia Patrick Pouyanné, CEO da francesa TotalEnergies, disse que se a empresa romper contratos de gás natural com a Rússia terá de pagar bilhões. “Não sabemos como interromper contratos de longo prazo, a menos que os governos decidam sobre sanções que me permitam exercer o que se chama ‘força maior’, e aí sou obrigado a parar os contratos”, afirmou à rádio francesa RTL.
— A TotalEnergies afirma que deixará de comprar petróleo e derivados do país a partir de 2022, suspendeu o desenvolvimento de novos negócios e não fará aportes de capital na Rússia.
Copel pretende vender Compagas ainda em 2022. A estatal paranaense de energia elétrica Copel prevê realizar a venda de sua fatia majoritária (51%) na distribuidora de gás do Paraná, a Compagas, ainda este ano, informa a Reuters. As demais sócias da concessionária de gás são a Gaspetro, vendida pela Petrobras à Compass, e a Mitsui, cada uma com 24,5%.
— Em teleconferência na quarta (23/3), o presidente-executivo da Copel, Daniel Slaviero, disse que espera receber do governo estadual “nas próximas semanas” as condições finais para a renovação da concessão da Compagas, de forma que a venda possa ocorrer até o fim deste ano.
— A Compagas é uma das 18 distribuidoras estaduais de gás canalizado que conta com participação da Gaspetro. Para destravar a compra da subsidiária da Petrobras, a Compass anunciou este mês que negocia a venda da participação da Gaspetro em sete distribuidoras, cujos nomes não foram revelados.
ANP adequará normas sobre qualidade do etanol à venda direta. A Diretoria da ANP aprovou nessa quinta (24/3) a realização de consulta e audiência públicas sobre alterações em três resoluções da agência relacionadas à qualidade do etanol hidratado (Resoluções nº 9/2007, nº 19/2015 e nº 828/2020). O objetivo é estender as normas aos agentes econômicos envolvidos na venda direta de etanol, realizada de fornecedores para postos de combustíveis e transportadores-revendedores-retalhistas (TRRs), bem como de TRR para postos, conforme regulado pelas Medidas Provisórias nº 1.063/2021 e nº 1069/2021 e pela Resolução ANP nº 855/2021.
RenovaBio: publicadas metas individuais das distribuidoras. A ANP publicou nessa quinta (24/3) as metas individuais compulsórias para 2022 das distribuidoras, referentes ao RenovaBio. As metas estão estabelecidas em unidades de Créditos de Descarbonização (CBIO), calculadas a partir da meta compulsória anual definida pela Resolução CNPE nº 17, de 5 de outubro de 2021, para o ano de 2022, de 35,98 milhões de CBIOs.
TCU apura insider information na Eletrobras. O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rego Filho pediu à Eletrobras diversas informações para apurar denúncias de ilegalidades na venda da estatal. Uma das suspeitas é de que houve vazamento de informações que levaram a um movimento de compra e venda de ações da empresa. CNN
Mudanças no CA da AES Brasil. Julian Nebreda, indicado pela The AES Corporation, renunciou à presidência do Conselho de Administração da AES Brasil. No seu lugar assumiu Francisco Morandi, conselheiro da companhia desde 2020 e executivo da AES Brasil nos anos de 2014 a 2017. O CA também conta com dois novos conselheiros: Juan Ignacio Rubiolo, líder de Negócios Internacionais da AES Corp, e Madelka McCalla, vice-presidente Global de Relacionamento com Stakeholders e Impacto Social da AES Corp.
A Sauer está atenta as regulamentações do setor e conta com uma linha de compressores especificamente desenvolvida para a compressão do hidrogênio em alta pressão.