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Sudene mostra na Alemanha potencialidades do Nordeste para importar hidrogênio verde

A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste prestigiou o evento Hydrogen Dialogue 2022, que ocorreu na Alemanha nos dias 21 e 22 de setembro. O órgão participou do evento através do coordenador geral de Cooperação e Articulação de Políticas da Diretoria de Planejamento, Renato Vaz. Na ocasião ele mostrou o potenvial do Nordeste para a importação do hidrogênio verde e geração de energia renovável.

O encontro ocorreu em Nuremberg e a apresentação da Sudene também abordou os instrumentos oferecidos pelo Governo Federal para apoiar o investimento estrangeiro. De acordo com Renato, a capacidade de geração eólica e solar está crescendo mais rápido do que as demais fontes de geração elétrica. O plano decenal de expansão da geração elétrica prevê que a contribuição da geração eólica para a matriz elétrica nacional passará dos atuais 9% para 16%. Já a solar dos atuais 2% para 8%. Ele destacou que a maior parte da produção de energia eólica e solar está localizada no Nordeste. Contudo, há um enorme potencial de expansão tanto onshore quanto offshore.

Importação

Destaque também foi dado à capacidade do Brasil, em especial, do Nordeste, de atender a demanda de importação de hidrogênio verde da Alemanha. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o potencial técnico de produção de hidrogênio pelo Brasil em 2050 é mais de 14 vezes a demanda mundial de hidrogênio no ano de 2018. Afirmou, ainda, que o Nordeste brasileiro tem os menores custos de geração de Hidrogênio Verde no Brasil (em torno de US$ 2,4/kg). “Investimentos anunciados para produção de hidrogênio verde são da ordem de US$ 22 bilhões – localizados principalmente no Porto do Pecém; Porto de Suape; Complexo Industrial de Camaçari e Porto do Açu”.

A Sudene acredita que o Nordeste pode se tornar um grande produtor de hidrogênio verde. Possui uma costa privilegiada, com ventos favoráveis e incidência de sol o ano todo. Tudo isso que possibilita menores custos marginais para geração de energias renováveis, fundamental para o barateamento do processo de eletrólise. Da mesma forma, outro ponto positivo é a proximidade geográfica da Europa, o que reduz os custos logísticos.

Por outro lado, para impulsionar os projetos do setor, Renato destacou que a Sudene conta com os Fundos de Desenvolvimento Regional (FDNE e FNE). Para se ter uma ideia, os orçamentos para este ano somam US$ 5,2 bilhões de dólares. A Superintendência disponibiliza, ainda, o incentivo de redução de 75% no imposto de renda e sobretaxas não reembolsáveis, reforçou.

Gestores e técnicos da Sudene acompanharam a apresentação

Segundo o coordenador, além das ferramentas da Sudene, os investidores contam com o BNDES FINEM e o Fundo Clima (apoio a projetos relacionados à redução de emissões de gases do efeito estufa e à adaptação às mudanças do clima). Outros pontos positivos para o Brasil, destacados durante o evento, são política energética com planejamento de longo prazo e estudos técnicos; lei regulamentadora para a produção eólica offshore em discussão avançada no Congresso Nacional; centros de pesquisa qualificados e órgãos federais cooperando com governos e empresas para desenvolver soluções para financiamento, produção, logística e regulação do hidrogênio verde.

A Sudene participou do evento a convite da NürnbergMesse Brasil (NMB). O objetivo é fortalecer a cadeia produtiva do hidrogênio verde no Nordeste. A região brasileira é considerada com maior potencial para produzir hidrogênio a partir de fontes renováveis.

O evento na Alemanha contou com palestras, debates e espaços de networking. Tudo isso para conectar representantes governamentais, empresários, investidores e pesquisadores em torno das principais oportunidades e desafios para o desenvolvimento da cadeia produtiva do hidrogênio verde no mundo.

Ao mesmo tempo, a Sudene dará continuidade à estratégia de fortalecimento do hidrogênio verde na região. Dessa forma, vai participar do evento Hydrogen Dialogue Latinoamerica. O encontro vai acontecer nos dias 09 e 10 de novembro, em São Paulo.

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